domingo, 19 de setembro de 2010


Eu dialético
Ricardo Gondim

Nada existe e tudo me é sólido.
Encontro-me na imensidão do nada
e perco-me na consistência do minuto.
Nada persiste, tudo me é presente contínuo.

Os gerúndios se multiplicam e eu me conjugo
na obrigação de continuar seguindo, insistindo.
No nada sideral, flutuo denso,
peso como chumbo.

Desapercebo o invisível, desprezo o inaudível,
desisto com o implausível, sigo o imarcescível.
Mirro em face do incoercível

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