segunda-feira, 26 de julho de 2010





Hoje estou estranha...

Não sei exatamente se uma mistura de ansiedade com preguiça,uma saudade de ser criança, ou se um desejo imenso de viajar...Para muitos, tomar uma pilulazinha destas que acalma a ansiedade é uma boa chance de sentir a vida através da química, meu relaxante particular se chama Paulo em todos os sentidos, e depois uma viagem...Ah, falar de viajar, de qualquer coisa, carro, navio, trem, bicicleta qualquer jeito eu viajaria...Se eu pudesse viajaria exatamente agora, pois a noite fresca de Fortaleza com essa chuvinha não me trouxe nenhuma calmaria...Ando aqui com insônia fazendo muitas pesquisas e estudando, lendo, acompanhando a vida na terra pela internet, twitando, blogando e ao mesmo tempo parada, deitada na minha caminha...Postei porque decido cuidar do blog, de vez em quando dá vida, movimento a essa coisa eletrônica, abstrata que tem me levado a tantos cantinhos especiais, a tantas pessoas que eu não conheço, aos amigos que se foram...Encontrei, aliás re-encontrei minha melhor amiga da 6º série, minha amiga e conselheira de 18 anos passados, meus alunos de 2 aninhos que hoje tem 20 e poucos...Tanta gente, tanta vida, tanta emoção numa simples tela virtual...Achei tantas pessoas mais velhas( e sei que elas devem achar o mesmo de mim)que o tempo tem passado, que o tempo corre e não se deixa nada parado...A vida é rápida, dinâmica mesmo quando estamos melancólicos...Deixo minhas palavras aqui postadas nessa noite sem sono e digo com amor ao meu Deus que ele é muito muito criativo com tantas invenções assim...Vida, vida e vida! Sl 119
paz

domingo, 18 de julho de 2010

Partilha, Produção de Saberes e Histórias de Vidas na Formação Docente

Como já citei antes: Um grupo de gente que se forma formando uns aos outros na roda, na partilha, na documentação Pedagógica e na articulação de saberes vindos de outros que tanto acrescentam em nossa trajetória! Keridas professoras Kerigma!

Formando e Formar-se na EDUCAÇÃO!













Como partilhei na postagem anterior,esse mês de JULHO foi de grande importância PARA estratégia na Formação de um grupo muito especial de professores, assim também como na minha própria formação...Planejamos 2 semanas especiais com atividades que não trouxesse teorias, fundamentos, mas que nos levasse a outros ambientes formativos! Procuramos ter em Freire, Pacheco, Cecília Warschauer, Adriana O.Lima, tantos outros que em meu caminho foram e são tão necessários a base teórica de todo o nosso processo formativo, mas além destes, fomos em busca das histórias de vida de cada uma delas aqui e ali presentes e tivemos um banho de tantos outros saberes que foram acrescentando a nossa caminhada e ao final pelo feed back delas em nossa avaliação, além dos saberes colhidos e vividos, houve um contentamento de todas e isso foi o maior ganho que obtivemos, saber que nosso investimento foi o alcance de todos os olhares, curiosidades e aprendizagens de minha equipe mais que querida...E para contemplar aos curiosos de plantão trago aqui algumas das fotinhas de nossa formação...Visita a livraria Cultura, ao Dragão do Mar, Café e Capuccino com as demais imagens que permearam nossos encontros nesses dias frescos de JULHO!

domingo, 11 de julho de 2010

CARTA DE PRINCÍPIOS DOS ROMANTICOS CONSPIRADORES




... é preciso afirmar que há, no Brasil, muitos professores que dão sentido às suas vidas, dando sentido à vida das crianças e das escolas. Sinto-me um privilegiado por, após três décadas de trabalho numa escola que ousou provar que a utopia é realizável, encontrar no Brasil tanta generosidade e responsável ousadia.” (1)

O movimento Românticos Conspiradores constitui-se de uma rede colaborativa formada por pessoas que militam pela transformação da Educação Pública (2). Nossa finalidade inicial é a de promover a comunicação e o apoio mútuo entre pessoas, organizações e projetos que tenham por objetivo contribuir para a superação dos arcaicos paradigmas educacionais vigentes.

Somos pessoas conscientes de que os modelos educacionais e as práticas educativas possuem decisivas condicionantes sócio-culturais. Este fato exige que, para a transformação da Educação, tenhamos de ultrapassar seu âmbito restrito, englobando as dimensões sociais, políticas e culturais.

Temos a convicção de que a Educação atualmente praticada não contribui para que as gerações futuras tenham condição de superar os cruciais desafios postos para e pela humanidade. Mais do que isso, essa educação acaba por incentivar a formação de pessoas que tendem a reproduzir o modo de pensar, sentir, agir e viver que produziram tais desafios. Para que os atuais paradigmas educacionais possam ser superados é necessário estabelecer novas concepções que apontem formas alternativas de pensar, estruturar e praticar a Educação.

Tendo como síntese de nossa visão o trinômio autonomia-responsabilidade-solidariedade, apresentamos nossos princípios gerais, assim como alguns exemplos de seus desdobramentos educacionais. A finalidade é tanto orientar a ação dos membros da rede Românticos Conspiradores como esclarecer àqueles que queiram participar ou formar novos núcleos. São estes princípios que, a nosso ver, devem fundamentar a vital transformação da Educação, para que esta possa corresponder às necessidades das pessoas e das sociedades contemporâneas.

1. Educar-se para a Integralidade

A educação deve contemplar a humanidade dos educadores e educandos em sua totalidade, sendo coerente com a indivisibilidade das dimensões biológica, mental e espiritual de cada pessoa. Assim como cada ser humano possui diferentes limites, possui também diversas potencialidades que poderão, ou não, ser desenvolvidas e expressas a partir das formações e transformações que ocorrem durante toda a vida. Para isso a educação deve ser um processo intencional, contínuo e transformador, que leve a integralidade e que repercuta durante toda a vida.
Desdobramentos: educação integral (3), transdisciplinaridade, currículo aberto, aprender a conhecer-fazer-conviver-ser, educação continuada.

2. Educar-se em Solidariedade

A educação é um processo relacional, possuindo um caráter social que deve ser assumido nas práticas educativas. A solidariedade, mais do que um objetivo ético a ser atingido, é uma condição primordial para a realização do trabalho educativo. Portanto, este só se desenvolverá plenamente se considerar e incluir as diversas relações entre todos os atores envolvidos: educandos, educadores, gestores, famílias e comunidades. No caso da escola, é indispensável que abra suas portas à comunidade, a fim de constituir-se em pólo integrador e irradiador do saber e do esforço social pela educação, também cabe a escola incentivar a integração dos agentes e espaços comunitários a esse mesmo esforço.
Desdobramentos: comunidade educadora, docência compartilhada, ensino-aprendizagem colaborativo, pedagogia de projetos.

3. Educar-se na Diversidade

A educação deve contemplar a originalidade e a criatividade das pessoas, valorizando a diversidade humana em todos os seus aspectos: físicos, psicológicos, culturais, etc. As práticas educativas devem ser coerentes com o fato de que as pessoas aprendem melhor segundo seus interesses e motivações, em diferentes ritmos e de diferentes formas. A noção de educação na diversidade, associada aos conceitos de integralidade e solidariedade, permite o reconhecimento tanto de nossas singularidades quanto das nossas igualdades, resultantes de nossas condições humanas e socioculturais. As diferenças, nesse contexto, devem ser consideradas como algo inerente ao ser humano, rompendo-se a lógica binária que nos fragmenta em “iguais” de um lado e “diferentes” de outro.
Desdobramentos: educação inclusiva (4), pedagogia da escuta, ensino não seriado, grupos multietários, educação para a paz, pedagogia da autonomia, educação multicultural.

4. Educar-se na Realidade

A educação deve servir para a melhora objetiva da realidade na qual ela ocorre, contribuindo para o chamado desenvolvimento local. Para tanto, ela deve ser contextualizada, integrada à vida dos educandos e de suas comunidades, aberta para a troca de experiências e conhecimentos. A educação só possibilitará à pessoa atuar efetivamente na transformação da sua realidade se proporcionar condições de autotransformação. Em outras palavras, é somente através da promoção de aprendizagens significativas que a educação contribuirá para a transformação humana e social.
Desdobramentos: contextualização, extensão comunitária, ensino ativo, aprendizagem significativa.

5. Educar-se na Democracia

A educação que prepara para a democracia deve se dar através de práticas não-autoritárias, que permitam a ampla participação de educandos, dos educadores, das famílias e da comunidade. Só é possível uma educação para a ação cidadã se a educação for pela e na ação cidadã. As práticas educativas promotoras da liberdade, autonomia, respeito, responsabilidade, eqüidade e solidariedade devem estar associadas aos princípios anteriores para permitir que atinjamos o objetivo maior da auto-responsabilização social (5).
Desdobramentos: educação democrática, não-coercitiva, educomunicação, protagonismo juvenil.

6. Educar-se com Dignidade

A dignidade específica do ofício do educador é derivada da dignidade reconhecida na pessoa do educando. O educador deve ser cônscio do seu importante papel como agente social, assumindo sua missão como tutor dos educandos e facilitador de suas aprendizagens, entendendo que a educação deve ser solidária e coletiva e a aprendizagem um processo de dupla-via – entre o educador-aprendente e educando-ensinante. O tão almejado resgate da autoridade e a revalorização social e profissional do educador passam, necessariamente, pela reformulação das formações iniciais, pela reflexão e atualização permanente das práticas educativas e, principalmente, pela constante busca da coerência entre o fazer pedagógico e as necessidades educacionais dos educandos, suas comunidades e das sociedades em geral.
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* Esta carta é produto do trabalho coletivo dos membros do núcleo RC-SP, realizado através de fórum virtual de discussões e reuniões presenciais durante os meses de agosto, setembro e outubro de 2008 e aprovada em assembléia no dia 18/10/2008. A versão desta carta com as assinaturas de adesão pode ser consultada aqui.

(1) José Pacheco, As Escolas Invisíveis, jornal Folha de São Paulo, novembro de 2005.

(2) A educação pública é por nós entendida como aquela voltada para a população em geral e que a todos dê garantias de acesso, sucesso e realização pessoal e social, seja ela de caráter estatal ou privado.

(3) A educação integral é vista aqui como aquela que considera as diversas dimensões da experiência humana: sensorial, cognitiva, emocional, moral, ética, política, cultural, estética, artística, etc.

(4) O termo educação inclusiva é aqui utilizado com ressalvas, uma vez que seu uso só faz sentido em um contexto excludente.

(5) A auto-responsabilização social refere-se à conscientização de que os contextos sociais são responsabilidade de todos e de cada um, visando que as pessoas e comunidades tenham condição de se apropriar das suas realidades e transformá-las.

Plataforma virtual da Rede Românticos Conspiradores aqui.

quarta-feira, 7 de julho de 2010


É isso mesmo! Quem disse que JULHO teria quer ser para sempre o mês de FÉRIAS da categoria docente? E porque esse mês tão ventiladinho e grandinho que é JULHO não pode ser tempo de estudar, de refletir, de aprofundar teorias, de viajar naquilo que temos como profissão, de saber mais, de ler mais, de conhecer mais e de mais um milhão de coisas boas que podem resignificar nosso papel de educador? Pois nesse mês tenho estado com uma equipe escolhida a dedo para termos esse mergulho nas águas calmas de um mês sem aquele barulhinho gostoso das crianças por perto somente para pensar mais sobre elas e sobre o universo da educação...Tenho trabalhado muito com a equipe,pois tem sido o dia todo e todo dia...Mas a alegria é poder contemplar alguns frutos que já temos colhido nas pequenas manifestações de saberes oriundos desse tempo precioso...Aos meus quase nenhum visitantes deixo de sugestão de
Clarice Lispector a Felicidade Clandestina que foi um dos momentos de leitura no grupo de estudos desse mês suave e profundo de JULHO!
paz